Textos

Texto de Jorge Vieira de Castro

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A paixão não nasce do nada. O fascínio que a faz surgir necessita de referência. A arracanda em diagonal do Jairzinho na copa de 70 é tão mais bela em razão de ter havido uma outra, anterior, que lhe possa a um tempo servir de fascinante iniciação e eterna referência. O vistoso toque de bola do Zico, de primeira, lado de dentro do pé, a alcançar o Junior uns 20 metros além, na copa de 1982, da mesma forma e com igual intensidade precisa de referência. Tão mais completa é quanto já experimentada antes, com os olhos surpresos da infância. A invenção de amplo espaço no pequeníssimo quadrado de um lenço aberto capaz de possibilitar o drible desconcertante do Júlio César, em copa nenhuma porque mal teve tempo e saúde, a unir o lúdico ao belo, jogada também a exigir referência, lá longe e no entanto tão perto, logo ali em manhãs ideais no campo perto da casa da avó, conduzido pela mão do tio. Refiro-me à arrancada magistral do Suene, à sutileza do toque de bola do Babá, à habilidade impressionante do Palito.

Nem sempre o que é melhor colhe o devido reconhecimento, que sempre lhe é posterior – no entanto vos digo, com a certeza de quem os viu: tivessem por sorte os três sido jogadores profissionais e hoje a galeria brasileira de craques seria substancialmente mais rica e o Esporte Clube Gramacho estaria para sempre na memória de todo apaixonado pelo futebol.
Texto:Ivo Machado Junior
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Gramacho,4 de junho de 2008.
Eu Israel Teixeira Fayão,brasileiro,casado filho de Maura Bianquine e LuiZ T.Fayão.
Nascido em Gramacho em 10/11/1942
Vi desde a minha infância o bairro crescer,ia com minha avó a pé em caxias comprar querosene,pois ainda não tinha luz eletrica.Comercio, só os armazens dos Srs Domingos e Barreto,a lojinha de ferragens que vendia de tudo do Sr Fideliz O.Medeiros, calçamento custou a chegar, água nem se fala, até hoje tenho poço, tinha também a farmácia do Sr Aristeu.
Os rios em Gramacho que nós pescávamos.Aquela turminha Eu,Pongolo,Bracinho,Catarino,Tuninho e outros que não me lembro, depois da pesca todos mergulhávamos,que tempo bom que não volta.As tarde de domingo eu ia ver o time de futebol do Gramacho, sempre vencedor que foi comandado por Tião Lua,Malaquias e outros.Figuravam no time Babá, saudoso Suene,Marquinho,Palito,Jorginho,Geninho,Paraquedas e outros.As noites dançantes em que nossos bailes eram animados pelo conjunto vagalumes.Violencia não existia, dava gosto de passear de bicicleta,eu era feliz naqueles tempo,não esqueço o esquadrão que foi campeão em 1957,com Quim,Esquerda,Vavá,Elio Ruído,Janse,Aurilio Paredão,muitas vezes íamos no caminhão do Sr.José da dona Angelina.Tinha aquela eleição para eleger a rainha do ECG.Jogo bom mesmo era Santo Antonio x Gramacho,eu perturbava o meu falecido cunhado que dirigia o Santo Antonio e o também falecido Manoelzinho sapateiro.Se me lembro bem o ECG teve o seu início com o falecido José Cardozo,no bar do Zequita,famoso 45,lembro de um jogo Gramacho x Cruz de Malta que naquele campo pesado demos um olé , comandado por Suene,Marquinho,Pongolo e Babá.Eles tinham um zagueiro que se chamava Barraca que caiu de bunda na lama tenho muitas saudades do meu Gramacho antigo que todos se conheciam.Hoje tenho minha familia, minha esposa Teresa,minha filhas Nathalia,Jacqueline,Jessica que amo muito. Enfim Gramacho era uma maravilha, não esqueço as domingueiras que tinha o circo Garcia,que sempre ficava armado em frente a farmácia do Sr.Aristeu,pai do Cidinho,que sempre nos atendia bem,muitos artistas famosos vieram no circo.Nosso cine Garcia que passava filmes muito bons, a boiada que passava na antiga rua Iguaba.Aquelas corridas de bicicletas,as corridas de cavalos,era muito gostoso.
Saudações Vascainas.
Abraços Israel Fayão
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Sr. José da Angelina, Aparecida e os netos Eliane e João
E o caminhão que levava os jogadores para os jogos .


Kim ex-atleta do ECG

Profissional devidamente registrado na Ordem dos Músicos do Brasil (seu registro em Duque de Caxias tem o número 28), viveu momentos de glória, entre 1948 e 1952, ao integrar a equipe de músicos das rádios Nacional e Tupi, acompanhando artistas como Angela Maria, Ademilde Fonseca, Augusto Calheiros, Badu, Emilinha Borba, Gilberto Alves, Marlene, Nelson Gonçalves e Vicente Celestino, entre tantos outros.

Paralelamente à carreira de servidor público federal e de músico, Kim foi jogador  de futebol por cerca de dez anos, contratado do Esporte Clube Gramacho e do qual ainda é sócio benemérito. Ali, chegou a ocupar o cargo de capitão da equipe. Kim também teve atuação marcante como fundador e presidente da Associação Carnavalesca de Duque de Caxias, a ACDUC, onde exerceu “uns quatro mandatos”, segundo ele.

Teatro no ECG

Armando Mello foi um homem das artes, engajado com o movimento artístico-cultural, pioneiro do teatro em Duque de Caxias. Filho de pais milionários que viviam na Zona Sul do Rio de Janeiro, seu nome de batismo era José Agostinho dos Santos. A família não aceitava sua escolha pelo mundo artístico e a carreira de ator, que nos anos iniciais do século XX, era vista como espaço ideal para os vagabundos e prostitutas. Mesmo assim, não perdeu de vista seus ideais e o compromisso com as questões populares.

Armando Mello era um homem inovador, audaz, abominava todas as formas de preconceito. Alegre e extremamente popular e carismática. Mas não transparecia muito seus sentimentos e preferia não aparecer muito em público. Aqui, conheceu Jararaca e Ratinho e pelo fato de Ratinho ter um grupo teatral, decidiu então criar outros grupos. O primeiro foi no Esporte Clube Gramacho e a primeira peça foi “No rancho fundo”.

A última peça dirigida por Armando Mello foi “Três homens e uma mulher”, de Jean Paul Sartre, em 1967, ano este em que veio a falecer, vítima de câncer, dias antes da inauguração do primeiro teatro municipal da cidade, implantado pela Prefeitura e que o homenageou com o seu nome. O Teatro Municipal Armando Mello (Temam) funciona no Shopping Center, no centro, desde a sua inauguração.

(Texto de Josué Cardoso e Sidney de Oliveira para a sessão "Memória Viva" da Revista da Cultura Caxiense, edição nº 2, de julho de 2002, editada pela Secretaria de Cultura de Duque de Caxias)